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A natação brasileira sofreu um baque com a não classificação de Cesar Cielo para os Jogos Olímpicos Rio 2016, nesta quarta-feira, no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos, no Rio de Janeiro. Mas a tristeza pela ausência do único campeão olímpico do país na modalidade contrastou com um feito histórico confirmado pelos outros nadadores que disputaram o Troféu Maria Lenk. Em agosto, quando as provas começarem, o Brasil será representado pela maior delegação da história da natação do país, formada até agora por 29 atletas.
– É um número interessante para Jogos que são realizados no Brasil. Você vai deixando o legado de uma nova geração e isso ajuda para o futuro. Tínhamos calculado 32, contando revezamentos, reservas e tudo o mais. Vamos ver os revezamentos que ainda faltam ser classificados e devemos chegar nesse número – projetou Ricardo de Moura, superintendente executivo da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).
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O dirigente da CBDA valorizou a presença de jovens nadadores brasileiros na lista, que tiveram um desempenho importante na disputa e na conquista de vagas para o Rio 2016.
– Nova geração é aquela que vem com resultado. Esses atletas todos obtiveram grandes resultados no Mundial Júnior, que é uma referência. Eles impuseram sua personalidade, uma postura muito interessante, e vieram para disputar vagas mesmo. Isso é fenomenal – elogiou Moura.
Revezamentos
No caso dos revezamentos, o Brasil garantiu, no Mundial de Kazan 2015, na Rússia, vagas para quatro provas: 4x100m livre masculino, 4x100m medley masculino, 4x100m livre feminino e 4x200m livre feminino. A definição das equipes será feita também com base nos tempos das duas seletivas olímpicas. Os nadadores que conseguiram índice nas provas individuais automaticamente entram para os quartetos dos revezamentos, sempre seguindo a ordem dos melhores tempos.
Além do quarteto de cada uma das provas do revezamento, é possível levar para os Jogos Olímpicos até dois atletas reservas, com uma condição: se inscrever o atleta, ele tem que nadar, ou na eliminatória ou na final. Além disso, nadadores que se classificaram para outras provas nos Jogos também podem compor a equipe.
São 16 vagas para cada revezamento nos Jogos Olímpicos. Além dos 12 classificados em Kazan, outros quatro garantirão vaga na repescagem, por ranking. De acordo com Ricardo de Moura, há grande possibilidade de o Brasil levar, por esse critério, também os revezamentos que ainda faltam: 4x200m livre masculino e 4x100m medley feminino.
Confira a lista da delegação brasileira nas provas individuais:
Brandonn Almeida – 400m medley e 1.500m livre
Luiz Altamir – 400m livre
João Gomes Jr. – 100m peito
Felipe França – 100m peito
Daynara de Paula – 100m borboleta
Daiene Dias – 100m borboleta
Joanna Maranhão- 200m medley e 400m medley
Etiene Medeiros – 50m livre, 100m costas e 100m livre
Nicolas Oliveira –100m livre e 200m livre
João De Lucca – 200m livre
Guilherme Guido – 100m costas
Larissa Oliveira – 200m livre e 100m livre
Manuella Lyrio – 200m livre
Leonardo de Deus – 200m borboleta e 200m costas
Kaio Márcio - 200m borboleta
Marcelo Chierighini - 100m livre
Tales Cerdeira - 200m peito
Thiago Simon – 200m peito
Thiago Pereira – 200m medley
Henrique Rodrigues – 200m medley
Bruno Fratus – 50m livre
Ítalo Duarte – 50m livre
Marcos Macedo – 100m borboleta
Henrique Martins – 100m borboleta
Miguel Valente – 1.500m livre
Graciele Herrmann – 50m livre
*ZHESPORTES