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É comum ouvirmos que a atual geração da seleção brasileira masculina de basquete é uma das melhores de todos os tempos. Porém, também é justo quando percebemos que o elenco "capitaneado" por nomes como Leandro Barbosa, Nenê, Anderson Varejão e Marcelinho Huertas nunca conquistou um título de expressão.
Desde o Mundial de 2002, esses nomes passaram a ser recorrentes nas convocações dos diversos treinadores que passaram pelo comando da equipe. Expoentes na NBA, os jogadores abriram espaço para os brasileiros entrarem na liga, começando com Nenê, e terminando em atletas como Raulzinho e Cristiano Felício.
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Para Rubén Magnano, que convocou o time para a Olimpíada do Rio de Janeiro nessa sexta-feira, a falta de títulos da geração não é um fator de preocupação, mas de motivação:
– O basquete não acaba nos Jogos Olímpicos. Todos falam como se o basquete acabasse após a Olimpíada. Não. A esperança de lutar por uma medalha vai continuar. Essa geração não conseguiu uma medalha, mas foi quinto lugar em uma Olimpíada, em Londres, em 2012, depois de 16 anos. Conseguiu ficar em sexto em um Mundial, em 2014, entre 200 equipes no mundo – disse Magnano.
O treinador justificou ainda que sua explanação não se trata de conformismo.
– Você pode dizer que me conformo com pouco, mas não, não me conformo. Sei qual é a realidade. O Brasil foi sexto do mundo, subindo de 17º no Mundial anterior. Tivemos atuações decepcionantes, como na Copa América, mas não acaba aqui. Nossos jogadores sabem disso. Isso tem de ser um elemento para que o cara se desafie mais e tenha mais vontade e coragem para tentar uma medalha.
Dos 14 nomes chamados por Magnano nesta sexta-feira – a lista será reduzida a 12 –, apenas quatro não jogaram a última Olimpíada: Rafael Luz, Vitor Benite, Augusto Lima e Vitor Faverani. Todos os outros já competiram, pelo menos, em um Mundial, assim como Luz.
*LANCEPRESS