
Novamente o esporte olímpico brasileiro está envolvido em polêmicas. Com a realização da Olimpíada no Rio de Janeiro, as Confederações esportivas no país receberam um valor recorde de investimentos de ordem pública e privada e, segundo uma matéria do site da ESPN Brasil, ao menos R$ 22 milhões que deveriam ser destinados a equipamentos aos atletas foram desviados.
Pelo menos quatro confederações olímpicas e uma paralímpica fariam parte de um grande esquema que teria fraudado licitações e superfaturado compras. Os itens, licitados e comprados com dinheiro do Ministério do Esporte, teriam sido fraudados nas confederações de esgrima, tiro com arco, taekwondo, tiro esportivo e na Associação Brasileira de Voleibol Paralímpico, além de clubes que patrocinam atletas olímpicos.
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O caso é investigado pela Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros (Delecor), no Rio de Janeiro. Em uma das compras, a Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD) recebeu R$ 3 milhões para adquirir filmadoras, computadores, entre outros produtos de informática. A entidade informou ao Ministério que teria gasto, por exemplo, R$ 2,4 mil em cada câmera, mas a empresa em Saquarema (RJ) forneceu objetos avaliados em R$ 200.
Em outros casos, ainda envolvendo a CBTKD, foi aberta uma licitação para a aquisição de tatames, sendo que a empresa vencedora é uma distribuidora de bebidas, que nega ter participado da concorrência no valor de R$ 432 mil.
As investigações começaram após reportagem da ESPN veiculada em 2012. Na ocasião, o site revelou suspeitas de que as prestações de contas da Confederação Brasileira de Taekwondo estariam sendo fraudadas.
*LANCEPRESS