
A Colômbia deverá ser um grande problema para o Brasil, nas quartas de final dos Jogos do Rio, neste sábado, às 22h, na Arena Corinthians. Tem um time com nomes experientes e jovens que atuam em clubes grandes do país. E tem Carlos Restrepo, o técnico que sonha com a medalha de ouro e que pretende marcar cada centímetro de campo para barrar a seleção brasileira.
Leia mais
Brasil e Colômbia: empate leva à prorrogação e... à quarta substituição
Em alta, Walace e Luan deverão ser titulares na seleção brasileira contra a Colômbia
Seleção faz primeiros gols na Olimpíada, mas não escapa das piadas; veja os principais memes
– Tivemos uma proposta de jogo agressiva contra a Nigéria (quando venceu por 2 a 0, e se classificou no Grupo B). Manteremos isso. Mas o Brasil tem um time muito técnico do meio para a frente, experiente, e com grande técnica individual, que confunde a marcação. Precisamos incomodar a seleção brasileira, pois ela se sente muito à vontade com a bola nos pés – comentou Restrepo, depois de se desculpar pelo atraso de mais de uma hora para a entrevista coletiva, devido ao caótico trânsito de São Paulo.
Restrepo admitiu que os colombianos acompanham com grande interesse a evolução da lesão de Neymar (que deverá ir a campo com dores no tornozelo direito, devido a um edema):
– Sabemos que Neymar sofreu uma lesão e estamos analisando todas essas situações. O Brasil é uma grande desafio e nos motiva, pois queremos passar adiante. Não vamos deixar de lado o respeito que temos por Neymar, pelo que representa como jogador, mas queremos avançar às semifinais.
Questionado a respeito da pressão que há sobre a seleção olímpica – inclusive com as vaias nos empates em Brasília –, para que uma possível medalha de ouro possa apagar a imagem ruim deixada pela goleada para a Alemanha, na Copa de 2014, o treinador respondeu:
– A pressão do estádio pesará para nós, pois a decisão começará 0 a 0, e a torcida brasileira vai querer apoiar a sua seleção. Mas, se as coisas não saírem bem, é possível que esse apoio se reverta – disse Restrepo. – Há uma exigência muito grande sobre a seleção. Os empates repercutiram mal – acrescentou.
O treinador da seleção colombiana ainda elogiou o brasileiro Rogério Micale e a sua intenção de resgatar o futebol ofensivo do Brasil:
– Conheço Micale, conheço sua ideia de jogo. Ele quer retomar um Brasil alegre, de ataque em velocidade, de recuperação de bola, e com um Neymar que faz parte desse modelo de jogo.