
Menos de um ano após os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, pelo menos 137 medalhas foram remetidas ao Comitê Olímpico Internacional para que sejam encaminhadas para reparos. Ferrugem, arranhões e manchas estão entre os problemas verificados pelos atletas. A Casa da Moeda fará a restauração.
De acordo com o jornal O Globo, os americanos, que lideraram o quadro de medalhas na Olimpíada, também estão na frente no ranking de reclamações. Pelo menos 78 medalhas conquistadas pelo país teriam apresentado avarias. Os problemas repercutiram na imprensa americana. O jornal The New York Times citou frase de Mário de Andrada, diretor de comunicação dos Jogos do Rio, em que minimiza a questão ao lembrar que apenas 6 a 7% das medalhas apresentaram os defeitos. Andrada ainda afirmou que o motivo mais comum seria de que as medalhas foram derrubadas ou mal manuseadas. O jornal contestou:
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"Não é incomum que as medalhas sejam passadas de mão em mão em festas após os Jogos, sendo manuseadas por centenas de pessoas. Mas essa quantidade de defeitos é pouco usual".
Segundo Andrada, porém, não há problemas de fabricação.
– Alguma queda ou batida descasca a medalha. É uma questão de lixar, pintar, passar o verniz e devolver ao atleta. Não é um recall. As medalhas não têm problema de fabricação – garantiu Andrada, em entrevista ao jornal O Globo.
Contatada pela reportagem de ZH, a Casa da Moeda enviou nota em que afirma que as avarias são oriundas de "de oxidação causada pelo rompimento decorrente de impactos na camada do verniz protetivo". A Casa da Moeda aguarda o envio das medalhas pelo Comitê Olímpico Internacional para fazer os reparos.