
A intertemporada da NFL começa, de fato, nesta quarta-feira. Até o dia 1° de março, os times podem aplicar a franchise tag ou a transition tag nos jogadores que terão contratos encerrados ao fim do ano da liga, em 9 de março. O mecanismo é uma prática adotada pela NFL para dar preferência ao time antigo em uma eventual renovação de contrato.
A franchise tag e a transition tag são alternativas nas quais jogadores de alto valor no mercado recebem um contrato provisório de um ano, em um valor tabelado, enquanto negociam uma extensão longa.
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Para determinar os valores padrão das etiquetas, a NFL faz um cálculo com base na média dos salários mais altos da posição nos últimos cinco anos e os valores aplicados em tags nos últimos cinco anos e considera os percentuais em relação ao teto salarial aplicado pela liga – até 2011, o cálculo era mais simples, determinado apenas pela média dos cinco maiores salários da posição na temporada anterior. Cada time pode aplicar apenas uma franchise tag ou transition tag por temporada.
Exclusive franchise tag (etiqueta exclusiva de franquia)
Aplicado raramente, é usado apenas para grandes estrelas – a última foi em Von Miller, do Denver Broncos, no ano passado. É aplicado um valor extra em cima da quantia da non-exclusive franchise tag, mas o jogador não pode negociar com nenhum outro time. Ele é forçado a renovar com o time anterior ou a ficar um ano sem jogar até se tornar um agente livre irrestrito.
Non-exclusive franchise tag (etiqueta não-exclusiva de franquia)
Usada comumemente, é baseada nos cinco maiores salários das últimas temporadas para cada posição ou 120% do salário do jogador no ano anterior – o que for maior. Quando o time aplica a tag, o jogador pode assiná-la a qualquer momento e terá o contrato garantido por um ano. Antes de o jogador assinar a tag, ele pode receber propostas de outros times. O time original tem a opção de igualar a oferta em até sete dias e renovar o contrato do atleta ou de liberá-lo para o novo time em troca de duas escolhas de primeira rodada no draft.
Transition tag (etiqueta de transição)
É uma opção mais barata, mas também sem a mesma forma de compensação. É baseada nos 10 maiores salários das últimas temporadas ou em um aumento salarial de 20% em relação ao ano anterior – o que for maior. O time pode assinar a tag a qualquer momento e jogar com o contrato de um ano com valores garantidos. Até assinar o vínculo, ele pode receber ofertas de outros times. O time antigo tem o direito de igualar a oferta em até sete dias e assinar com o atleta mas, se não fizer a opção, não tem qualquer forma de compensação.
Valores estimados da franchise tag (se o salary cap for finalizado em US$ 165 milhões):
Quarterback: US$ 21,01 milhões
Defensive end: US$ 16,73 milhões
Wide receiver: US$ 15,49 milhões
Linebacker: US$ 14,37 milhões
Linha ofensiva: US$ 14,1 milhões
Cornerback: US$ 14,04 milhões
Defensive tackle: US$ 13,22 milhões
Running back: US$ 11,9 milhões
Safety: US$ 10,76 milhões
Tight end: US$ 9,66 milhões
Kicker/punter: US$ 4,77 milhões
No ano passado, nove jogadores receberam a franchise tag. Von Miller foi a única exclusiva, mas ele chegou a um acordo para uma extensão contratual de seis anos com o Denver Broncos antes do início da temporada. O Carolina Panthers aplicou o mecanismo no cornerback Josh Normal, mas o rescindiu em abril. Com isso, ele se tornou agente livre imediatamente e assinou com o Washington Redskins.
Justin Tucker (kicker, Baltimore Ravens), Cordy Glenn (tackle, Buffalo Bills) e Muhammad Wilkerson (defensive end, New York Jets) também chegaram a novos acordos com seus times.
Os jogadores que de fato atuaram sob a franchise tag em 2016 foram Alshon Jeffery (wide receiver, Chicago Bears), Eric Berry (safety, Kansas City Chiefs), Trumaine Johnson (cornerback, Los Angeles Rams) e Kirk Cousins (quarterback, Washington Redskins)
Cousins e Berry possivelmente serão tagueados novamente – o safety do Chiefs declarou recentemente que prefere ficar um ano sem jogar a assinar um novo contrato provisório.
Outros exemplos de jogadores que possivelmente receberão a tag são Le'Veon Bell (running back, Pittsburgh Steelers), Chandler Jones (linebacker, Arizona Cardinals), Kawann Short (defensive tackle, Carolina Panthers), Dont'a Hightower (linebacker, New England Patriots) e Terrelle Pryor (wide receiver, Cleveland Browns).
*ZHESPORTES