Nesta quarta-feira, é celebrado o dia internacional de conscientização sobre linfomas. De acordo com o especialista em linfomas e diretor da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH), Carlos Chiattone, a doença é forma de câncer que ataca os linfonodos (gânglios), responsáveis por proteger o organismo de infecções.
Segundo ele, o índice de incidência da doença aumenta 3% ao ano. Quando detectado em estágio precoce, o linfoma pode ser erradicado com tratamento adequado. Atualmente, a terapia que mais aumenta a chance de cura e qualidade na sobrevida destes pacientes é a quimioterapia associada ao uso de anticorpos monoclonais, este último ainda não disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro.
De acordo com o hematologista, 70% da população ainda desconhece o termo "linfoma". Chiattone ressalta ainda que a classe médica deve estar atenta na hora do diagnóstico.
- Em caso de suspeita, quem é consultado normalmente não é o hematologista ou o oncologista, mas sim, o clínico geral, o geriatra, o pneumologista e o gastroenterologista, entre outros. Por isso, é necessário o médico considerar no aumento de um gânglio linfático, a possibilidade de ser ou evoluir para um linfoma - relata.
Fora o crescimento de gânglios, especialmente na região das axilas e pescoço, outros sintomas são febre, suor noturno. A perda de peso e coceira de pele também merecem atenção.
Tipos de Linfoma
Segundo Chiattone, em geral, o linfoma pode ser classificado em duas categorias, Hodgkin e Não-Hodgking. Entra a diferença entre eles:
:: Linfoma de Hodgkin
Ocorre em 10% a 20% dos doentes, normalmente crianças, sendo mais comum no sexo masculino (numa proporção de aproximadamente três para dois). O índice de cura da doença é de, em média, 75%, em pacientes com o tratamento inicial. Pode surgir em qualquer parte do corpo e o sintoma inicial mais comum é um aumento indolor dos linfonodos (ou ínguas).
:: Linfomas não-Hodgkin
Correspondem cerca de 60% do problema na infância (entre cinco e 15 anos), com maior incidência entre os rapazes. São curados em menos de 25% dos casos, que são cinco vezes mais frequentes do que os da doença de Hodgkin. Pode apresentar manifestações no estômago, pele, cavidade oral, intestino delgado e sistema nervoso central (SNC).
Notícia
Incidência de linfoma aumenta 3% ao ano, alerta especialista
Especialistas e população ainda desconhecem tanto os sintomas quanto a doença
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