Vitória Perini da Silva, de 78 anos, largou sua enxada na lavoura em que trabalha todos os dias em Timbó, no Vale do Itajaí, para viajar 173 km e realizar um sonho: conhecer pessoalmente a presidenta Dilma Rousseff.
Infelizmente, a agricultora não conseguiu ver a presidente que embarcou em um helicóptero logo após aterrissar no aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis, por volta das 14h desta segunda-feira. Dilma seguiu com a comitiva para Laguna, no Sul do Estado, onde assina ordem de serviço para a ponte sobre o Canal Laranjeiras, no trecho Sul da BR-101
- Queria encontrar com ela. Ela é uma grande mãe de todos. Queria dar um presente de minha horta, que são essas tangerinas - contou Vitória.
No caminho para Laguna, Dilma sobrevoou o Canal Laranjeiras, onde se planeja construir a ponte. Por volta das 14h30min, o helicóptero da comitiva chegou ao terminal pesqueiro da cidade, escoltado por um outra aeronave da Força Aera Brasileira (FAB).
Acompanham a presidente o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos; a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti; e o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), general Jorge Fraxe.
Por causa da visita ilustre e da importância da obra para a região, a prefeitura de Laguna decretou ponto facultativo nesta segunda-feira. Na cidade, a expectativa é de que cerca de 5 mil pessoas acompanhem a cerimônia.
Bateu o martelo
Dilma decidiu vir ao Estado durante a reunião do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na quinta-feira, quando bateu o martelo sobre a ponte de Laguna. Ela também garantiu verba do PAC para outra grande obra da BR-101 Sul, o túnel duplo do Morro dos Cavalos, em Palhoça, além da duplicação da BR-470, entre Indaial e Itajaí. O montante liberado para as três pendências chegou a R$ 2,3 bilhões.
Mais do que garantir o início da obra em um dos três últimos gargalos da duplicação, a visita da presidente representa a retomada de investimentos do governo federal em rodovias de Santa Catarina quase um ano após as denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes. É o retrato do retorno de licitações e contratos de oito estradas catarinenses na soma de R$ 4,7 bilhões.
>> Confira o vídeo com o projeto da ponte