Manifestantes fizeram um protesto na tarde desta quinta-feira pedindo melhorias na educação. O grupo, integrado pelo Cpers/Sindicato, pelo Bloco de Lutas, por professores e alunos de escolas estaduais, se reuniu em frente ao Colégio Protásio Alves, na Avenida Ipiranga.
Com gritos de guerra, eles demonstraram insatisfação com o Politécnico - medida da nova reforma do Ensino Médio que agrega seminários às aulas -, com o piso salarial dos professores e com o valor das passagens de ônibus.
- Estamos tendo aula sobre Copa do Mundo em vez de matérias importantes. Não sei como vou conseguir fazer o Enem nessas condições - lamentou a aluna do 1º ano, Tamires Garcia, de 16 anos.
Pela manhã, manifestantes tentaram, sem sucesso, ser recebidos pela chefia do governo estadual. Para a professora de história Kátia Martini, a realidade das escolas estaduais é "cruel".
- A gente vislumbra esse protesto porque agora os alunos nos acompanham. Não tivemos nenhum treinamento para dar aulas de seminário, pois dou aula de história. Mas o pior é ver a estrutura onde eles estudam. Essas reivindicações vão ser ingredientes para as melhorias - acredita Kátia.
O chamado Dia de Luta, que decorreu de forma pacífica, terminou com uma salva de palmas e com a promessa de que, se nenhuma atitude for tomada, estudantes e professores irão às ruas novamente.
Em marcha pela cidade desde a manhã, o grupo passou pelo Palácio Piratini e pela Prefeitura.
Os manifestantes seguiram o trajeto passado à Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), passando da Avenida João Pessoa até a Salgado Filho e, pela Avenida Borges de Medeiros, seguindo para a Rua Jerônimo Coelho, alcançando o Palácio Piratini.
A EPTC e a Brigada Militar orientaram os motoristas que passaram pelos locais. O trânsito foi bloqueado por cerca de uma hora, alternando entre os dois lados da Avenida Ipiranga.
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