Se o passageiro da Trensurb sofrer um mal súbito em uma das seis estações da Capital, será preciso torcer para que o trânsito da BR-116 esteja fluindo como em um feriado. Por contrato, a empresa Risco Zero, que presta o atendimento de urgência e
emergência aos usuários, mantém ambulâncias somente nas estações de Canoas e São Leopoldo, distantes 9km e 27km, respectivamente, da Capital.
Pela mesma lógica, passageiros que precisarem de socorro entre as estações Mathias Velho e Unisinos também correm o risco de não serem atendidos em dias de congestionamento ou alagamento da rodovia.
Em 2013, 1.115 pessoas - média de três por dia - foram socorridas por algum tipo de síncope. Deste total, 760 foram atendidos pela Risco Zero, 146 delas com necessidade de remoção. Os demais 355 foram socorridos por funcionários da Trensurb e não
necessitaram do serviço de ambulâncias.
Este é apenas um dos motivos para preocupação. Durante a reportagem, foi constatado que um dos vagões estava sem extintor de incêndio. Segundo o presidente do Sindimetrô, Luís Henrique Chagas, o problema não se restringe apenas à falta de
equipamentos básicos de segurança.
Faltam funcionários
O primeiro atendimento antes da chegada dos médicos foi afetado pela redução no quadro de funcionários, especialmente da segurança.
- O número de monitores deveria ser o dobro de hoje. Tem estação com apenas
três seguranças trabalhando. E há os que estão de férias e pelo menos 20 em desvio de função - denuncia o presidente do Sindimetrô.
Hoje, o sistema com 22 estações e que transporta cerca de 168 mil passageiros por dia, no verão, é monitorado por apenas 80 seguranças, segundo o Sindimetrô. A Trensurb garante que são 108. Além do número pequeno de servidores, Luís afirma que há falta de qualificação:
- Não adianta ter equipamento e não ter treinamento nem efetivo para operar.
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