Os moradores do Edifício Real, no Centro de Caxias do Sul, vivem um drama. Eles aguardam a chegada de peritos que investigarão as causas do incêndio que atingiu lojas no térreo e subsolo do prédio. Enquanto isso, muitos não têm para onde ir.
O local foi interditado na tarde de quinta-feira pelo Corpo de Bombeiros. Somente após a perícia, marcada para a tarde desta sexta-feira, é que um engenheiro avaliará as condições estruturais do imóvel para liberar ou não a volta das famílias.
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O edifício fica na esquina das ruas Pinheiro Machado e Marquês do Herval. Quatro caminhões de bombeiros e um caminhão-pipa do Samae trabalharam para conter as chamas na manhã de quinta-feira. Não houve feridos.
A entrada de pessoas foi proibida para evitar possíveis acidentes. Policiais Militares estão de prontidão 24 horas em frente ao condomínio. Muita gente recorreu a familiares ou amigos para passar a noite. Imobiliárias também levaram alguns locatários para outras moradias. Mas há moradores sem amparo.
A segurança Teresinha de Fátima Benthas, 50, passou a noite trabalhando como segurança nas arquibancadas montadas para o desfile da Festa da Uva, na Rua Sinimbu. Ela ainda não dormiu e aguarda a posição da imobiliária.
- Eles disseram que vão tentar achar outro lugar para mim, mas tá difícil porque o aluguel pode aumentar. Estou sem rumo e não tenho onde ficar - desabafou Teresinha.
O subsíndico do Real, Nelir Schiochet, recebeu informação dos bombeiros de que os peritos de Porto Alegre chegam em Caxias do Sul por volta das 16h.
- São profissionais especializados em incêndio. Somente após essa perícia é de que o engenheiro terá autorização para entrar e emitir um laudo - disse Nelir.
Os moradores devem se reunir às 20h desta sexta-feira para encontrar moradias temporárias. Uma das alternativas é um hotel na área central.
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