
O Ministério Público do Estado (MPE) e o MP Federal pedirão na Justiça a cobrança de uma multa milionária ao Inter por descumprimento de um acordo firmado com o clube para adequação da acessibilidade no Beira-Rio. Caso a 5ª Vara da Justiça Federal do Rio Grande do Sul determine a punição por não cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), o Inter ficaria obrigado a pagar uma multa diária e retroativa desde a assinatura do documento de R$ 64,125 mil. Hoje, a punição está em R$ 1.474.875.
Mas a sanção vai além: em caso de partidas da Copa do Mundo, realizadas no Beira-Rio, sem as adequações, será cobrado um valor de R$ 1,65 milhão por jogo - caso os cinco jogos previstos ocorram no estádio de forma inadequada, a multa é de R$ 8,25 milhões. O valor diário de R$ 64,125 mil, segundo os promotores, foi usado como parâmetro, uma vez que o Inter divulgou a cifra como custo da obra para acessibilidade.
Assinado no dia 11 de março, o clube tinha até o dia 5 de abril para divulgar ao MP e o MPF sobre as adequações. Os órgãos aguardavam definições do clube sobre os acessos aos portadores de necessidades especiais no estádio. Nada foi feito por parte do Inter, segundo o promotor José Seabra Mendes Júnior e o procurador da República Júlio Carlos Castro Júnior. Além das 64 lugares especiais no anel inferior, outros 64 deveriam ter sido feitos no andar de cima, o que ocorreu em partes.