Juliana Gelatti
Nesta semana, Santa Maria se tornou a primeira cidade do Estado a proibir, por convenção trabalhista, que supermercados funcionem com empregados aos domingos, de acordo com a Federação dos Empregados do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecosul). As outras cidades gaúchas em que há essa regra, como São Francisco de Assis, são pequenas, e a proibição respeita legislação municipal segundo a qual não é permitido que nenhum estabelecimento comercial abra as portas. Por aqui, apenas os mercados são atingidos pela regra. Entre as cinco maiores cidades da região de abrangência do Diário, só em Santa Maria os mercados não têm liberdade para funcionar.
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A polêmica começou em Santa Maria em 2008, quando os mercados não abriram aos domingos. Nos anos seguintes, foram aprovados calendários que previam um domingo ao mês e alguns feriados para o funcionamento dos mercados, os santa-marienses terão de se acostumar com a falta de opções, tendo de recorrer aos quebra-galhos de bairro, onde normalmente os preços são mais altos. Já em Santiago, com menos de 50 mil habitantes, essa mudança nem é cogitada pelo sindicato dos empregados do comércio:
- Aqui, se um mercado fecha em um domingo ou feriado, a população toda se alvoroça e reclama. Não se admite nem o mercado fechado no domingo, nem o comércio fechado no sábado à tarde. Até parece cidade grande. Por isso, nós nem tentamos um acordo parecido com o de Santa Maria - diz o presidente do sindicato, Carlos Alberto Ataides Floriano, acrescentando que aos domingos o movimento é intenso nos mercados da cidade.