O combate à raiz da quarta onda de atentados em Santa Catarina usará fórmulas antigas e conhecidas dos catarinenses. As ações são praticamente as mesmas aplicadas no ano passado, durante os ataques que iniciados em janeiro e intensificados em fevereiro. O anúncio das medidas seguiu a mesma tônica: em coletiva de imprensa num sábado de manhã, na sede do comando-geral da Polícia Militar, sob a batuta do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo - exatamente como em 2013.
Até mesmo os termos usados por Cardozo para descrever o que será feito em Santa Catarina seguem à risca as falas do ano passado. O ministro diz, assim como em 2013, que a operação nomeada Brasil Integrado, Bravo Cidadão, pretende fazer uma "asfixia" do crime organizado, referindo-se ao Primeiro Grupo Catarinense (PGC), apontado como responsável pelos ataques.
A primeira das ações ocorreu no começo da manhã de sábado, quando foram transferidos 21 detentos para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. Quatro deles já tinham sido levados para uma penitenciária federal, neste caso em Mossoró (RN), nas transferências de 40 detentos no ano passado. A justificativa do governo federal é de que o quarteto foi levado novamente por motivos diferentes dos apontados em 2013.
Outra iniciativa semelhante foi a chegada ao Estado de integrantes da Força Nacional. A diferença, no entanto, é que o reforço atuará nas ruas e não dentro do sistema penitenciário, como no ano passado. A terceira e última ação será o mesmo cinturão de segurança nas entradas e saídas de Santa Catarina por terra, ar e mar, com auxílio de um escâner e um helicóptero vindo do RS.
As barreiras, disse Cardozo, pretendem evitar o tráfico de drogas e armas, além da movimentação de pessoas e recursos financeiros da organização criminosa. O mesmo procedimento foi adotado no combate à segunda onda de ataques.
Estado garante reação ao crime organizado