
Um jovem teria sido torturado e morto durante uma rave na madrugada de domingo em Nova Santa Rita, na Região Metropolitana. Lucas Alejandro Camargo Rivarola, 21 anos, morador de Canoas, teve pés e mãos amarrados e teria morrido após ser estrangulado. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso.
De acordo com o delegado Ireno Schulz, titular da Delegacia de Polícia Civil de Nova Santa Rita, a polícia já tem "várias informações", que prefere não revelar para não prejudicar a investigação. Segundo ele, o corpo do jovem apresentava marcas nos pulsos, nos braços, nas pernas e hematomas na cabeça.
- O que posso dizer de antemão é que esse fato será esclarecido, os responsáveis pelo crime serão identificados - afirmou Schulz.
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Acompanhado de outros dois amigos, Lucas foi para a festa Aquática PVT, que ocorreu em um local próximo ao Velopark. Por volta das 2h30min, o jovem teria saído de perto do grupo para ir ao banheiro e para comprar água. Segundo um amigo da vítima, cuja identidade é preservada por Zero Hora, testemunhas teriam visto Lucas se revoltar com a falta de atendimento a uma jovem que passava mal. Em seguida, ele teria sido agredido em circunstâncias ainda não esclarecidas.
O amigo relata que, logo depois, uma ambulância de plantão no local foi acionada. Lucas foi encaminhado ao Hospital de Pronto Socorro de Canoas. Conforme o hospital, o jovem chegou sem sinais vitais.
O delegado disse que, entre os depoimentos ouvidos pela polícia, estavam os relatos de que Lucas havia encontrado uma menina desacordada no banheiro.
- Tem pessoas que viram ele correndo pela festa, para dentro do mato. Também tem informações de que teria achado uma menina morrendo de overdose, e teria se irritado, querendo chamar atenção de quem estava no local. Isso tudo ainda não está esclarecido, estamos tentando descobrir - disse o delegado.
Lucas não tinha antecedentes, segundo a Polícia Civil. Conforme o amigo, Lucas trabalhava com venda de materiais hospitalares e era muito querido por amigos e familiares - que se reuniram em um grupo criado no Facebook para divulgar informações e buscar justiça. Na tarde desta terça-feira, a página tinha mais de 130 membros. Eles se organizam para encomendar camisetas que devem vestir em homenagem a Lucas na missa de sétimo dia, a ser realizada no próximo domingo.
- Se você perguntar para qualquer amigo dele, você vai ouvir que ele era uma ótima pessoa. Estudava, trabalhava, já tinha o seu próprio carro. Eu o conheço desde os nove anos, éramos muito unidos - conta o amigo.
Zero Hora enviou mensagens aos organizadores do evento na página do Facebook na tarde desta terça-feira, e não obteve resposta até a publicação desta reportagem. A página na rede social também não indicava outro contato com organizadores.