Os dois homens encapuzados que invadiram a casa onde Taís Santos da Silva, 25 anos, vivia com os quatro filhos pequenos, no começo da madrugada dessa terça, tinham uma ordem a cumprir. E não se sensibilizaram nem mesmo com os apelos dos pequenos.
A mãe foi arrastada para fora e levada até o mirante para o Guaíba, na Rua B da Vila dos Sargentos, Bairro Serraria, na Zona Sul de Porto Alegre. Lá, acabou executada com ainda maior frieza. Pelo menos seis tiros entre o rosto e a cabeça, disparados com espingarda calibre 12 e pistola. Para completar o "serviço", os matadores ainda empurraram o corpo em direção ao Guaíba.
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Para a polícia, este foi um crime com a marca da facção dos Bala na Cara, que tem na Vila dos Sargentos um dos seus mais fortes redutos na Capital, mas até o momento há muitas dúvidas sobre a motivação da execução.
- Não há nenhuma testemunha na vila disposta a falar sobre o crime, amedrontadas. Neste momento, eu não arriscaria qualquer hipótese. Estamos apurando todas as informações - diz o delegado Adriano Pelúsio, da 4ª DHPP.
Taís era conhecida na vila por ser companheira de um traficante conhecido como Meço, atualmente preso. Desde 2011, ele é apontado pela polícia como um dos expoentes dos Bala na Cara dentro da vila.
Segundo a polícia, não há indícios de que a mulher estivesse envolvida com o tráfico de drogas. Recentemente, o relacionamento teria acabado. Por isso, a polícia não descarta até mesmo uma motivação passional para o crime.
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