O vereador Marcos Aurélio Espíndola (PSD) - o Badeko - teve o pedido de revogação da prisão preventiva negado nesta sexta-feira pelo Judiciário. Como já havia anunciado, o advogado Lídio Moisés da Cruz entrará com um habeas corpus para tentar soltar o cliente.
Os demais suspeitos de envolvimento nas fraudes investigadas na Operação Ave de Rapina estão articulando a defesa.
O advogado Marcelo Vieira de Mello disse à reportagem que o empresário Adriano Nunes já estava em viagem ao exterior quando foi deflagrada a operação. Ele deve voltar ao país em 10 dias, quando vai se apresentar à polícia, segundo o advogado.
Em relação ao processo, Mello adiantou que Nunes é inocente porque não tem nenhum envolvimento com os fatos. Destacou que o empresário não tem contratos com a Prefeitura de Florianópolis.
O advogado que defende Jean Carlos Viana Cardoso, ex-comandante da Guarda Municipal de Florianópolis, preso no complexo prisional da cidade, também já teve acesso ao inquérito. O criminalista Hélio Rubens Brasil analisa as primeiras providências e adianta que a prisão de Cardoso é um equívoco. O advogado disse que já detectou ilegalidades no inquérito.
Projeto de Lei Cidade Limpa
Um exemplo citado pelo delegado da Polícia Federal, Allan Dias, sobre o envolvimento do vereador nas fraudes seria o Projeto de Lei Cidade Limpa.
Enviado pela Prefeitura de Florianópolis como uma proposta para remover quase todos os outdoors da cidade, o projeto acabou recebendo emendas do vereador e foi esvaziado. Após aprovado, praticamente não mudou a situação antes da nova lei.
A proibição, que se aplicaria em todos os bairros de Florianópolis, passou a valer apenas para a Beira-mar Norte e para o alto do Morro da Lagoa da Conceição.
Foto: Alvarélio Kurossu / Agência RBS
Confira fotos da operação: