O trânsito é lento próximo ao km 63 da ERS-122 entre Caxias e Farroupilha devido ao protesto dos caminhoneiros. No trecho, caminhões estão parados no acostamento e na pista da direita nos dois sentidos da rodovia. Veículos de passeio são parados por alguns minutos e liberados em seguida. No entanto, a espera na fila pode chegar a 30 minutos. Alguns motoristas tentam utilizar o antigo desvio do pedágio por Forqueta, mas encontram dificuldades para retornar.
Ao menos dois caminhoneiros tentaram furar o bloqueio por volta das 17h. Devido aos conflitos, o trânsito para carros também chegou a ser bloqueado no sentido Caxias-Farroupilha. Manifestantes manobraram os caminhões para que os veículos leves pudessem passar.
O grupo de manifestantes realiza a paralisação em Farroupilha após a Justiça deferir um pedido da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) que ingressou com ação solicitando a liberação de estradas estaduais de Caxias do Sul. A multa por descumprimento da medida é de R$ 5 mil por hora por veículo.
O caminhoneiro Ronilson Miranda, que é do Maranhão, veio de São Paulo e seguia para Bento Gonçalves até ser parado pela quarta vez. A viagem que duraria 24 horas, já completa seis dias.
- A gente apoia, só que não como está acontecendo. Acho melhor parar nas empresas, pois parar em rodovias só traz transtorno e desgaste para o motorista - desabafa.
Para Pedro Roberto Miranda, caminhoneiro há 26 anos, a empresa que ele trabalha possui 10 caminhões parados na ERS-122.
- Não sabia de nada. Se soubesse teria ficado no pátio da empresa. O pior é ficar na rua sem apoio, sem nada, não tem nem segurança.
O grupo que realiza o protesto recebeu por volta das 16h30min uma cópia de um pedido de habeas corpus coletivo preventivo com pedido de liminar que foi protocolado nesta sexta-feira, em Florianópolis, pelo advogado Francisco Yukio Hayashi. A liminar foi entregue na Justiça para garantir que não haja uso da força policial nas manifestações.
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