O acesso requer vitórias. E vitórias se constroem com gols. Seja um só ou uma goleada, é o balançar da rede que garante pontos. Para sair da Série C, o Caxias tem nos pés e na cabeça de um centroavante de 1,91m a esperança de que os gols que rarearam no primeiro semestre passem a sair em abundância. É para resolver a carência de um setor que marcou quatro vezes em 15 jogos no Estadual que Pedro Oldoni desembarcou no Estádio Centenário.
Revelado no pequeno Cianorte, Oldoni chamou a atenção com a camisa do Atlético-PR, despontando em meio a um ataque que tinha o veterano Paulo Rink e o emergente Dênis Marques. Com o passar dos anos, o status de promessa do futebol brasileiro ficou para trás sem que Oldoni confirmasse as expectativas. Passou por Real Valladolid-ESP, Atlético-MG, Nacional-POR, Vitória-BA, Sivasspor-TUR e Portuguesa, até chegar ao goiano Anapolina, onde o ex-vice de futebol grená, Washington, foi buscá-lo. No Caxias, vê aos 29 anos uma chance de recuperar o espaço perdido no futebol brasileiro:
- Minha carreira começou muito bem, fui muito feliz e conquistei coisas importantes. Depois as lesões me atrapalharam e fiquei muito tempo parado, mas agora tenho uma grande chance em um clube de massa. É um recomeço na minha carreira e acho que bate com o momento que vive o Caxias, um clube que também busca reconquistar um espaço que é seu.
Contratado para ser um dos "cascudos" que formariam a espinha dorsal do time junto com o meia Souza e Leandro Euzébio, Oldoni acabou sendo o único dos renomados a permanecer. Porém, procura evitar o rótulo de jogador de referência na reformulada equipe de Luís Antônio Zaluar. E a simplicidade que demonstra fora de campo ele adota também no discurso:
- No Caxias não tem ninguém melhor do que ninguém. O que cada um já fez ou conquistou fica lá atrás e todos estão remando juntos pelo mesmo objetivo. Se conseguirmos o acesso para a Série B, cada um terá se destacado e terá o seu reconhecimento.
A partir deste domingo, quando o Caxias inicia a trajetória na C diante do Madureira, no Estádio Centenário, o centroavante terá 18 rodadas e mais dois jogos de quartas de final para, vencendo o mata-mata, colocar seu nome junto com o dos colegas na história do clube. E enquanto o torcedor comemorar a volta à Série B, Pedro Oldoni irá bradar sua volta, definitivamente, ao grupo de elite dos goleadores brasileiros.