Maurício Reolon
Após perder por 2 a 0 para o Guarani em casa e sofrer sua quinta derrota em nove jogos na Série C, o Caxias viveu uma noite de lamentações e poucas explicações. O que chamou a atenção foi o anúncio de que o técnico Marcelo Vilar não concederia entrevista, o que ocorre habitualmente.
Apenas o gerente de futebol Gil Baiano falou em nome do clube e deixou claro que Vilar não estaria à disposição por uma preservação. O pedido teria sido feito pela direção grená. O dirigente descartou a mudança no comando.
- Já foi provado que a mudança do comissão técnica por si só não surtiu efeito. Existem outros problemas que precisam ser resolvidos. O Marcelo é um técnico de ponta, que já passou por situações adversas e tem o perfil do treinador que nos ajudaria. Ele tem feito seu trabalho, mas infelizmente, não estamos conseguindo traduzir isso em resultado - destaca Gil.
Com apenas quatro pontos no primeiro turno, o dirigente disse que o Caxias ainda deve buscar um lateral-esquerdo e conta com Laércio, centroavante que deve ser apresentado durante a semana. Para Gil Baiano, o principal problema está na questão emocional dos jogadores.
- A ideia maior em mudar o grupo era aliviar a pressão dos que estavam e ter atletas que estivessem com uma mentalidade renovada e que pudessem reagir melhor. Só que eles também estão sentindo a pressão de buscar os resultados. O fator emocional tem sido determinante - diz o dirigente.
O Caxias iniciará no próximo final de semana um novo campeonato. Serão nove decisões para evitar o rebaixamento. E o clube projeta o número de vitórias que precisa para escapar da Série D de 2016.
- Acho que com mais cinco vitórias, sendo que dentro delas estejam os confrontos diretos, conseguimos escapar do rebaixamento - afirma Gil.