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Mais de 12 milhões de estudantes voltaram às aulas nesta quinta-feira na França, em meio a fortes medidas de segurança devido a um nível de ameaça terrorista que o governo considera "extremamente alto".
Mais de 3 mil reservistas da gendarmaria foram mobilizados perto dos 64 mil estabelecimentos educacionais do país, para onde os estudantes retornaram após dois meses de férias.
– Foram tomadas todas as medidas para proteger e evitar atentados – declarou, na véspera, o porta-voz do governo francês, Stéphane Le Foll, referindo-se a "um nível de ameaça extremamente alto", o que exige "uma vigilância total e extrema".
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A França enfrenta há mais de um ano e meio uma ameaça terrorista de um nível inédito, após uma série de atentados reivindicados pela organização extremista Estado Islâmico (EI).
Os professores estão entre os vários alvos do EI, sobretudo na França, onde o véu está proibido nas escolas desde 2004. Em novembro de 2015, Dar-al-Islam, sua revista francófona de propaganda, convocava a combater e matar os funcionários da Educação nacional, "inimigos de Alá" que "ensinam a laicidade" e estão "em guerra aberta contra a família muçulmana".
Militares da operação "Sentinelle", que foi lançada após os atentados de janeiro de 2015, fazem patrulhas nesta quinta-feira perto das escolas das grandes cidades da França. A tendência é que as ações sigam durante o ano escolar.