Dos quatro policiais legislativos presos temporariamente pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira, três foram liberados. Everton Taborda, Geraldo Cesar de Deus e Antonio Tavares depuseram à polícia na parte da tarde e deixaram a Superintendência da PF em Brasília.
O único que permanece detido é Pedro Ricardo Araújo Carvalho, chefe da Polícia Legislativa. Investigadores afirmam que ele não admitiu ter cometido irregularidades, e consideram que deu poucas informações no depoimento. Carvalho deverá ser ouvido novamente na semana que vem.
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Os quatro foram presos na Operação Métis, que investiga as varreduras de policiais legislativos nas casas de parlamentares com intuito de atrapalhar investigações da PF. A Justiça e a PF acreditam que varreduras de policiais legislativos nas casas de parlamentares foram feitas para atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato.
O caso pôs em evidência a Polícia Legislativa, responsável por fazer a segurança de parlamentares, prevenir e apurar infrações nas instalações pertencentes ao Congresso Nacional. O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que as varreduras "restringem-se a detecção de grampos ilegais, conforme previsto no regulamento interno".
O diretor-geral da PF, Leonardo Daiello, frisou que a investigação não é sobre a varredura de grampos em parlamentares e sim sobre a obstrução de uma investigação federal.
– O que foi investigado é o desvio de finalidade de quatro integrantes da polícia do Senado Federal que teriam utilizado as atribuições do senado com finalidade ilícita, a obstrução da Operação Lava-Jato.
*Zero Hora