A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luciana Lóssio determinou, nesta sexta-feira, o retorno do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho para um hospital, onde estava em observação após ser preso pela Polícia Federal sob a acusação de usar programas sociais para comprar votos. As informações são do G1.
Ele foi transferido na quinta-feira do Hospital Municipal Souza Aguiar para o Hospital Hamilton Agostinho Vieira de Castro, no Complexo Gericinó, em Bangu, na zona oeste.
A transferência foi decidida pelo juiz federal Glaucenir Silva de Oliveira, da 100ª Zona Eleitoral de Campos, depois de receber informações sobre "diversas regalias no Hospital Souza Aguiar, onde se encontra internado sob suspeita de doença ainda sequer identificada".
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Conforme o G1, a ministra Luciana Lóssio afirmou que não cabe a um juiz avaliar o quadro clínico do ex-governador e que o magistrado procedeu sem qualquer embasamento técnico-pericial por parte da equipe médica que acompanhava Garotinho.
– A atitude, a meu ver, em tudo temerária, ante o risco de gravame à integridade física do custodiado – disse a ministra, na decisão, segundo o G1.
Para Luciana Lóssio, não é "minimamente razoável" que uma decisão judicial, que poderia trazer graves consequências à saúde do ex-governador, seja tomada por "notícias de supostas regalias, em relação às quais não se indicou nada de concreto".
A saída de Garotinho do Hospital Municipal Souza Aguiar, onde se encontrava internado desde ontem (16), foi muito tumultuada, pois a família queria impedir sua transferência, alegando que a unidade de saúde do presídio não tem condições para tratar o ex-governador, que estaria com problemas cardíacos.
Garotinho foi preso acusado de crimes eleitorais na última eleição municipal em Campos dos Goytaguazes, de fazer distribuição do programa municipal Cheque-Cidadão para eleitores em troca de votos.
*Zero Hora, com informações do G1
