Sob protesto de servidores do Congresso Nacional, começou às 15h19min desta terça-feira a primeira sessão da comissão especial da Câmara destinada à discussão do parecer do deputado Arthur Maia (PPS-BA) sobre a reforma da Previdência.
Logo após ser aberta a sessão, o presidente do colegiado, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), suspendeu os trabalhos por alguns minutos, em razão da manifestação de servidores da Câmara e do Senado contra a proposta do lado de fora da sala onde a sessão é realizada.
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Um dos manifestantes gritava em um megafone frases como "Não à reforma" e "Se votar, não volta". Ao suspender os trabalhos da comissão, Marun pediu a identificação do servidor e que a polícia legislativa pedisse a ele para parar com o protesto no megafone, no que foi atendido.
Ao avistar um deputado, os manifestantes engrossavam o coro afirmando que quem votasse a favor da reforma não seria reeleito. "Se votar, não vai voltar; quem tirar direito não será reeleito", disseram. Eles também tentaram entrar no plenário, mas foram barrados pela segurança.
Em panfletos entregues durante a manifestação, os servidores reivindicavam uma regra de transição para os servidores públicos concursados que ingressaram no sistema antes de 2003. Segundo eles, todas as outras categorias de trabalhadores, públicos e privados, têm uma transição prevista no texto.
O relator da reforma não está presente na reunião, pois participa de debate sobre a proposta promovido pelo jornal Correio Braziliense, na capital federal. A assessoria de Arthur Maia informou que ele participará da discussão após o evento.
Durante a discussão, líderes partidários e integrantes da comissão terão até 15 minutos para falar sobre a proposta. Membros do colegiado também têm direito a fala, mas por 10 minutos. A previsão é de que a discussão da reforma siga até a próxima quinta-feira.
*Estadão Conteúdo