
Em passagem por Florianópolis nesta quinta-feira, onde inicia um roteiro de palestras em quatro cidades de Santa Catarina, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) comentou as últimas acusações que vieram à tona contra o presidente Michel Temer (PMDB). Em coletiva à imprensa, Bolsonaro afirmou que o melhor caminho para o país seria a renúncia do presidente.
– Uma das alternativas é o Temer renunciar, isso é problema dele. Temos o TSE, que pode cassar ou não, e tem a possibilidade do impeachment. O menos traumático para a nação seria o Temer renunciar, mas isso é com ele. Fora isso, os problemas do Brasil vão se agravar, os problemas da economia, enquanto não resolver esse parto político – afirmou.
Perguntado se colocaria o próprio nome à disposição em caso de eleições indiretas, Jair Bolsonaro apontou que só consideraria a possibilidade caso tivesse maioria garantida.
– A princípio, os parlamentares não têm o perfil de eleitor neutro. Eu só me colocaria se tivesse muita gente favorável, caso contrário não – reforçou.
Apesar de ter sido anunciado na palestra desta quinta pelo colega de Câmara, o deputado federal catarinense Rogério Peninha Mendonça (PMDB), como "o próximo presidente do Brasil", Bolsonaro assumiu o discurso de que ainda não está em campanha.
– Não estou em campanha, mas há dois anos e pouco resolvi viajar pelo Brasil e sonhar com a possibilidade de disputar as eleições do ano que vem. Isto está acontecendo naturalmente. Quando devolvi os R$ 200 mil da Friboi, que está na pauta do dia, não foi pensando. Eu sabia que aquele dinheiro era sujo, aí não aceitei. Nunca aceitei dinheiro de ninguém. Isto soma a meu favor – respondeu.
Bolsonaro ainda afirmou que, por não estar em campanha e não contar com um programa de governo, não poderia dizer quais lideranças políticas de Santa Catarina o apoiariam numa corrida presidencial.
Sobre a possibilidade de eleições diretas caso Michel Temer não termine seu mandato, o parlamentar deu a entender que seria uma forma de golpe mudar a Constituição com a apuração de um crime em curso.
– Tudo o que tramita na Câmara você tem que respeitar. Mas o casuísmo dessa PEC de querer, ao cair o Temer, você tem que convocar eleições diretas... Você tem que, pela Constituição, assume o nosso querido Rodrigo Maia e ele tem um prazo de 90 dias para convocar eleições. Você não pode fugir da Constituição. Me chamam de golpista. Golpista é quem quer mudar agora com o crime em andamento – disparou.
Após a palestra desta quinta na Capital, Bolsonaro segue para Joinville, onde também deve falar à imprensa e participar de outra palestra no salão de eventos Sítio Novo.
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