
Na fila do concorrido velório de Paulo Sant'Ana, misturada aos fãs e inchada de chorar, estava quase incógnita uma pessoa que fez dele o objeto de sua pesquisa acadêmica. A jornalista Patrícia Specht, gremista de quatro costados e fã de "Pablo" desde sempre, decidiu em 2008 que o ídolo valia um tema de mestrado. E foi o que ela fez. O resultado é A construção da imagem do jornalista Paulo Sant'Ana, dissertação com a qual ela se tornou mestre em Jornalismo pela PUC de São Paulo.
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Patrícia admite que difícil mesmo foi explicar aos paulistas a dimensão da popularidade de Sant'Ana e suas singularidades.
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- Sant'Ana não era Jorge Kajuru no futebol, não era Diogo Mainardi na política. Ele incendiava opiniões à sua própria maneira. Um fenômeno único, gaúcho - define.
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Patrícia ressaltou, no mestrado, a capacidade de Sant'Ana de desacomodar a rotina, seu olhar crítico sobre o cotidiano. E por isso ela sente saudades. E por isso estava ali, em meio à fila de admiradores-torcedores que lotavam o saguão da Arena do Grêmio.