A afirmação do presidente Michel Temer na Alemanha de que "crise econômica no Brasil não existe" poderia até se prestar para comemorações se tivesse um mínimo de relação com a realidade. O próprio presidente, para quem a crise política não influi no desempenho da economia, está no centro de um turbilhão que, ao longo da semana, provocou uma acelerada erosão no que lhe restava de apoio entre parlamentares e empresários. É lamentável que, ao invés de persistir nos ganhos da área econômica, ainda incipientes e sem garantia de continuidade, o governo contribua para abafá-los e mesmo para anulá-los ao insistir numa rota de desgaste cada vez mais sem perspectiva de volta.
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