A crônica de David Coimbra de segunda-feira (4/9), intitulada "Rua da Praia: vergonha e tristeza", ensejou uma reportagem na edição seguinte de Zero Hora e muitas manifestações de leitores.
O cronista é 11 anos mais moço do que eu. Se ele, quando garoto, passeava e via vitrines e, mais tarde, acompanhava ali o desfile das meninas, comigo não foi muito diferente. Assim como David, meus pais também guardavam recordações de uma época que diziam ter sido muito melhor do que aquela que eu conheci.




Que a cada geração as coisas no Centro mudam e se deterioram parece ser uma constante, ou será que nossa saudade é mais dos jovens que já fomos? É certo que a Rua da Praia já teve mais glamour, mas, talvez, a vida também. Como uma onda: nada do que foi será. De novo do jeito que já foi um dia. Tudo passa, tudo sempre passará... Certo!
Só que isso não quer dizer que zelo, empenho na preservação do patrimônio, higiene etc. sejam preocupações e responsabilidades dispensáveis. Questão de consciência, cultura e...verba. Tudo muito em falta por aqui.