Campo e Lavoura

Expointer 2016

Especialistas apontam meios de tornar a produção sustentável

Debate reuniu quatro novos articulistas do caderno Campo e Lavoura, que destacaram a necessidade de novos investimentos em infraestrutura

Bruna Karpinski

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Adriana Franciosi / Agencia RBS
Conversa ocorreu na Casa RBS, na Expointer, na tarde de segunda-feira

A necessidade de investimento em infraestrutura para o escoamento da produção agropecuária pautou o Campo em Debate, realizado ontem, na Casa RBS, na Expointer. O gargalo foi consenso entre os novos articulistas do caderno Campo e Lavoura, convidados para debater sobre custos de produção, inflação e alta do preço dos alimentos.

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Além de melhoria em estradas, rodovias, ferrovias e portos, o setor necessita outras garantias para que seja possível aproveitar o potencial agropecuário do país e tornar a produção sustentável, tanto do ponto de vista ambiental quanto econômico.

– O Brasil precisa de regras claras. Não podemos mais ter plano safra anual, precisamos de um plano plurianual – provocou o consultor Carlos Cogo.

Preocupada com a sustentabilidade social da atividade agropecuária, a pesquisadora Mariane Crespolini, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), pontuou que os produtores também necessitam de mais estabilidade, planejamento e assistência técnica.

– A política agrícola deve caminhar junto a outras políticas de desenvolvimento econômico – destacou.

O agrônomo Edson Luiz Bolfe, pesquisador da Secretaria de Inteligência e Macroestratégia da Embrapa, acrescentou que o setor precisa de políticas públicas regionais que sejam de Estado, e não de governo. Bolfe citou que também é necessário encontrar alternativas para fixar os jovens no campo, além de fomentar o incentivo às agroindústrias para agregar valor aos produtos locais.

Especialista em análises de mercados, Carlos Nabinger, professor da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), enfatizou que a sustentabilidade do ponto de vista ecossistêmico precisa passar pela viabilidade econômica da atividade agropecuária. Segundo o especialista, é possível produzir de forma sustentável e rentável. Entretanto, Nabinger ressaltou que é necessário identificar as potencialidades das propriedades e levar em conta a gestão interna do sistema de produção.

– Estamos produzindo mal e deixando de produzir melhor – avaliou o professor.

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