Na véspera da abertura da Rio+20, os debates sobre um modelo de crescimento sustentável já dominam as discussões no Rio. A parte decisiva da conferência, porém, será dos dias 20 a 22, com a cúpula envolvendo chefes de Estado.
O Rio de Janeiro já começa a respirar a Rio+20, a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre desenvolvimento sustentável. Às vésperas do início da programação do encontro - que vai de quarta-feira até dia 22 -, o Forte de Copacabana recebeu um pré-evento com a presença da ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
No primeiro dia da TED x Rio+20, que trata de tecnologia, entretenimento e design, a ambientalista afirmou que o Brasil não está assumindo o papel de protagonista da Rio+20 e que retirou da pauta de discussões temas ambientais importantes para o futuro.
- (O Brasil) reduziu o debate a uma discussão sobre economia, desenvolvimento social e governança separado de ecologia e subtraindo os sistemas ambientas - criticou Marina, no painel "Da Ignorância à Sabedoria". As palestras TED x duram, no máximo, 18 minutos. Desta vez, especialistas apresentaram ideias criativas para a preservação do planeta.
Marina deve participar de alguns debates no Rio e se encontrar com autoridades da ONU.
Enquanto isso, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, pediu ontem que o conceito de "economia verde" seja ampliado.
- O Brasil defende uma economia verde inclusiva, que contemple as três dimensões da sustentabilidade: a econômica, a ambiental e a social - garantiu, em participação no Fórum sobre Ciência, Tecnologia e Inovação do Conselho Internacional de Ciências, no Rio.
O ministro ainda sugeriu a criação de um programa internacional de pesquisa com foco em sustentabilidade, com o apoio da ONU. Segundo ele, já há discussões sobre o assunto.
- Mais sobre:
- debate
- evento
- ambiente
- rio+20
- rio de janeiro