A taxa de juros do crédito cobrada das famílias chegou a 43% ao ano, no mês de junho, o maior patamar da série histórica do Banco Central (BC), iniciada em março de 2011. Houve alta de 0,5 ponto percentual em relação a maio.
A modalidade que teve a maior alta na taxa foi o cheque especial. O juro subiu 3 pontos percentuais, representando um custo de 171,5% ao ano.
- É uma modalidade com custos mais elevados. Razão pela qual deve ser usada com muita cautela - disse o chefe do departamento econômico do BC, Tulio Maciel.
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A taxa do crédito pessoal apresentou alta de 2,8 pontos percentuais de maio para junho, quando ficou em 100,3% por ano. No caso do crédito consignado em folha de pagamento, a alta ficou em 0,1 ponto percentual e chegou a 25,6% anuais. Já a taxa do crédito para compra de veículos ficou estável em 23% ao ano.
Segundo Maciel, os juros estão se acomodando em um patamar mais elevado depois do ciclo de alta da taxa básica Selic. Essa taxa básica serve de referência para os juros no mercado. No último dia 16, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC optou por manter a Selic em 11% ao ano, pela segunda vez seguida, após um ciclo de nove altas consecutivas para conter a inflação.
* Agência Brasil
Crédito caro
Taxa de juros para pessoa física é a maior desde 2011
Modalidade que teve maior crescimento foi o cheque especial, com alta de 3 pontos percentuais
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