O Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) teve um déficit primário de R$ 6,711 bilhões em novembro - acumulando R$ 18,319 bilhões em 2014. O número, divulgado nesta segunda-feira pelo Tesouro Nacional, é o pior para meses de novembro desde o início da série histórica, em 1997, e ultrapassa a meta de superávit primário para 2014 que é R$ 10,1 bilhões.
Contas públicas têm deficit no ano pela primeira vez desde 2002
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De janeiro a novembro, as receitas do Governo Central cresceram 3,9%. Os gastos, porém, aumentaram em ritmo maior: 12,7%. As despesas com folha de pagamento cresceram 8,5%. O maior crescimento, entretanto, ocorreu nas despesas de custeio (manutenção da máquina pública) e capital, que subiram 18,4%. Nessa rubrica, as variações mais significativas foram o aumento de 16,4% nas despesas discricionárias (geralmente investimentos, que o governo pode ou não executar) e de 33,9% nas despesas com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Déficit primário do setor público é o pior da série histórica
O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 8,084 bilhões em novembro, informou o Banco Central, nesta segunda-feira. Este é o pior resultado para o mês desde 2001, quando teve início a série histórica do BC.
Em outubro, o resultado havia sido positivo em R$ 3,729 bilhões e, em setembro, houve déficit de R$ 25,491 bilhões. Em novembro do ano passado, foi registrado superávit de R$ 29,745 bilhões.
O esforço fiscal do mês passado foi composto por um déficit de R$ 6,659 bilhões do Governo Central (Tesouro, Banco Central e INSS). Os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado negativamente com R$ 1,794 bilhão no mês. Enquanto os Estados registraram um déficit de R$ 1,327 bilhão, os municípios tiveram déficit de R$ 466 milhões. Já as empresas estatais registraram superávit primário de R$ 368 milhões.
*Zero Hora com Agências