
Puxada pelas quedas de Petrobras e Vale, a bolsa de valores voltou a fechar em queda nesta terça-feira. O Ibovespa, principal índice acionário do país, encerrou com baixa de 1,26%, aos 55.498 pontos - apenas nos últimos dois pregões, a bolsa caiu 3%.
No câmbio, o dia foi de instabilidade, com o dólar variando entre o verde e o vermelho durante a sessão, reflexo da expectativa dos investidores com o futuro do ajuste fiscal do governo e com a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve. No fim do dia, a moeda americana encerrou com a terceira alta seguida, de 0,75%, cotada a R$ 3,0412.
As ações da Petrobras foram o principal destaque (negativo) do pregão da bolsa de valores. Passada repercussão do último balanço da estatal, na última sexta-feira, os investidores tentam se posicionar, cautelosos com o horizonte da companhia e a defasagem de preços domésticos de combustíveis com o Exterior.
No acumulado do ano, as ações preferencias da Petrobras (que dão preferência no recebimento de dividendos) acumulam alta de 28%. As ordinárias (que dão direito a voto em reuniões do conselho da estatal) já subiram mais de 40% em 2015.
Leia as últimas notícias de economia
Os papéis da Vale também fecharam em baixa, puxados pela queda do preço do minério de ferro no mercado da China. Como o gigante asiático é o principal comprador da matéria-prima - e maior cliente da Vale -, variações no preço do produto por lá tendem a impactar bastante os preços das ações da companhia brasileira. Outras empresas do setor, como a Usiminas e a Companhia Siderúrgica Nacional também tiveram baixas no pregão.
O desempenho da bolsa brasileira foi na contramão da maioria das principais bolsas mundiais, especialmente da Europa. Os principais mercados da zona do euro tiveram fortes altas, repercutindo a sinalização do Banco Central Europeu (BCE) de que poderá aumentar o valor injetado na economia do bloco por meio de compra de títulos.