
Num reflexo do corte na meta fiscal, o dólar comercial voltou a ficar em alta nesta sexta-feira. Depois de atingir R$ 3,34 logo após as 9h, a moeda norte-americana passou a ser cotada em R$ 3,3268 às 11h50min. Às 14h45, a cotação estava em R$ 3,3395. Às 15h40, um novo pico: R$ 3,3551. Às 16h15, a moeda valia R$ 3,3487. O valor representa uma alta de superior a 1% em relação ao valor de quinta-feira (R$ 3,297).
Há dois dias, o mercado reage com desconfiança ao anúncio da mudança da meta de redução do superávit primário (economia para pagamento de juros), reduzida de R$ 66,3 milhões (1,1% do PIB) para R$ 8,7 bilhões (0,15% do PIB). O temor é que o Brasil perca o grau de investimento, uma espécie de selo de "bom pagador", concedido por agências de classificação de risco e exigido por instituições para fazer negócios no país. A Austin Rating começou esse movimento. Rebaixou a nota de crédito de longo prazo em moeda estrangeira, de BBB- para BB+. As três principais agências no mundo ainda mantêm a nota que indica o Brasil como porto seguro ao investidor.
Além da redução na meta fiscal, apresentada na quarta-feira pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, fatores externos contribuíram para a valorização do dólar. Números divulgados pela China, sobre as atividades industriais de julho, ajudaram a convencer os investidores a evitarem operações de risco. Na média mundial, a moeda americana sobe 0,40% nesta sexta-feira.
*Zero Hora, com informações de agências