
O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) no Rio Grande do Sul, divulgado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), caiu 1,5% em julho na comparação com junho, ajustado sazonalmente. Foi a quarta retração seguida e a oitava nos últimos nove meses. Com isso, a atividade do setor fabril gaúcho no mês atingiu o nível mais baixo da série histórica iniciada em 2003.
- Com a recessão econômica se aprofundando, ociosidade e estoques elevados, pressões de custos e aperto monetário e fiscal, a tendência é que o setor siga em trajetória negativa no restante do ano. Nesse cenário, como revelam os índices de confiança, também não há espaço para investimentos - avaliou o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.
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No acumulado de janeiro a julho, o IDI-RS registrou queda de 8,1%, o pior resultado em seis anos. Nessa base de comparação, todos os componentes desaceleraram: compras industriais (-15,3%), faturamento (-10,2%), horas de produção (-7,9%), massa salarial (-6%), emprego (-5,3%) e utilização da capacidade instalada (-2,3%). A contração anual é disseminada e atingiu 14 dos 17 setores. As principais influências negativas foram veículos automotores (-22%), móveis (-14,3%), máquinas e equipamentos (-14,2%), produtos de metal (-7,9%), químicos e refino de petróleo (-5,5%) e couros e calçados (-4,7%).
Quando julho é relacionado com o mesmo mês do ano passado, a atividade das indústrias gaúchas apresenta recuo de 8,1%. Sob essa métrica, a sequência negativa atual (de 17 meses) está próxima de superar o mais longo ciclo recessivo já registrado: 19 meses entre março de 2005 e setembro de 2006.