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A taxa de desemprego média registrada no Brasil em 2015 foi de 6,8%, contrapondo os 4,8% de 2014. A taxa é a maior desde 2009, quando ficou em 8,1%. No mês de dezembro, a taxa de desocupação foi estimada em 6,9%, a maior já registrada para o mês desde 2007. Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ainda de acordo com a pesquisa, a média anual da população desocupada foi estimada em 1,7 milhão, contingente 42,5% superior à média de 2014 (1,2 milhão pessoas).
Nível de ocupação dos jovens recua ao mesmo valor de 2003
Em relação ao nível de ocupação – proporção entre a população ocupada e a população em idade ativa – dos jovens de 18 a 24 anos de idade, a proporção passou de 57,3% em 2014 para 53,8% em 2015, uma queda de 3,5 pontos percentuais que levou o nível ao mesmo valor observado em 2003.
No nível geral, a ocupação das mulheres (44,3%) continua inferior ao dos homens (61,0%).
Por Estado
A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
Regionalmente, a análise mensal mostrou que a taxa de desocupação frente a novembro caiu no Rio de Janeiro (de 5,9% para 5,1%) e Porto Alegre (de 6,7% para 5,9%) e ficou estável nas demais regiões. Na comparação com dezembro de 2014, porém, houve crescimento da taxa em todas as regiões.
Rendimento do trabalhador
Combinando desemprego e inflação alta, o rendimento médio do trabalhador foi de R$ 2.265,09 no ano passado, queda de 3,7% em relação a 2014, segundo a pesquisa.
Regionalmente, na análise mensal, o rendimento caiu em Belo Horizonte (-3,0%) e Salvador (-0,9%), e apresentou elevação em Recife (2,9%), São Paulo (2,7%), Rio de Janeiro (1,4%) e Porto Alegre (0,9%). Frente a dezembro de 2014, o quadro foi de queda em todas as regiões.