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O Produto Interno Bruto (PIB), medida da renda de bens e serviços produzidos no país, teve uma queda de 0,3% no primeiro trimestre de 2016, conforme dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De janeiro a março deste ano, a riqueza gerada chegou a R$ 1,47 trilhão. Com o resultado, o Brasil sofre encolhimento da economia pelo quinto trimestre consecutivo. É a primeira vez que isso acontece desde o início da série histórica, iniciada em 1996. Frente ao mesmo período de 2015, a queda foi de 5,9%
O consumo das famílias, que impulsionou a economia na década passada, e vinha caindo desde o início de 2015, teve uma nova queda. Desta vez de 1,7%.
Candidatos a substituírem o consumo como motor da economia, os investimentos tiveram uma queda de 2,7%. O tombo é um dos retratos do desânimo dos empresários. Entre os fatores que reduziram a confiança do setor privado para investir estão a falta de perspectiva de recuperação da economia e a própria incerteza política.
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O consumo do governo – que inclui as esferas municipais, estaduais e a administração federal – apresentou alta de 1,1% no primeiro trimestre. O início do ano foi marcado por baixa de arrecadação.
As atividades produtivas da economia brasileira também sentem impactos da recessão econômica. O PIB da indústria tombou 1,2%, resultado de uma soma de perda de competitividade e de confianças dos empresário e consumidores. Já o grupo de serviços, que inclui de comércio a atividades prestadas a empresas, ficou 0,2% menor no primeiro trimestre de 2016. Esse grupo responde sozinho por quase 70% do PIB. O PIB da agropecuária, por sua vez, registrou uma queda de 0,3%.