
Trabalhar é um prazer para Pedro Aldorffy Neto, 68 anos, responsável pela área de fiscalização e auditagem de mercadorias de uma loja do Walmart no bairro Menino Deus, na Capital. Ser útil o faz sentir-se bem. Mesmo aposentado há um ano e meio, parar é algo que ainda não está nos planos, pelo menos os mais imediatos.
Aldorffy foi empresário, mas, com problemas nos negócios, ficou em casa de 2002 a 2012, consertando aparelhos eletrônicos para os vizinhos, sustentando-se com uma renda da época de vacas mais gordas. Há quatro anos, resolveu voltar ao mercado de trabalho. E começar por baixo. Foi buscar trabalho no Sine municipal e conseguiu emprego.
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Diariamente, sai de casa às 5h15min para abrir a loja às 5h55min para os funcionários que começam a chegar e preparar a loja para a entrada dos clientes. No supermercado, confere mercadorias enviadas, verifica produtos que perdem validade, registra itens quebrados.
– Sou respeitado e um exemplo para jovens e os mais velhos – gaba-se Aldorffy.
Sentindo-se produtivo, com raciocínio ágil e capaz de desempenhar bem suas tarefas, só há uma razão que ele cita ao ser questionado sobre quando pensa em ter de vez uma vida de aposentado.
– Espero um dia parar de trabalhar, mas por uma razão simples. Por causa da minha companheira, para viajar. O sonho dela é conhecer Paris na primavera – revela Aldorffy.
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