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Mergulhado na recessão, o país encerrou o ano passado com o corte de 1,32 milhão de vagas formais, mostraram os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na tarde desta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho. O número, porém, é inferior ao de 2015, quando 1,54 milhão de postos com carteira assinada foram eliminados.
No Rio Grande do Sul, aconteceu um movimento semelhante. O Estado teve 54,3 mil demissões a mais em comparação com as contratações em 2016. Um ano antes, o saldo negativo foi de 95,1 mil.
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Apesar do ritmo menor de corte de empregos, tanto no Brasil quanto no Rio Grande do Sul 2016 teve o segundo pior resultado desde 2002, quando a série histórica do levantamento começou a ser feita com ajustes nos dados..
No país, nenhum setor encerrou o ano passado com resultado positivo. O segmento com o pior desempenho foi o de serviços, com a perda de 390,1 mil vagas. Depois aparecem construção civil (-388,6 mil) e indústria (-322.526). O comércio destruiu 204,4 mil postos.
No Rio Grande do Sul, a atividade mais afetada continuou sendo a indústria, com 26,4 mil empregos eliminados. O setor de serviços perdeu 13,2 mil vagas, a construção civil 10,3 mil e, o comércio, 5,3 mil. O melhor resultado veio da agropecuária, que criou 1,4 mil empregos com carteira assinada. A administração pública também chegou ao final de 2016 com saldo positivo de 466.