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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), indicou que não vai se opor a uma possível alta de impostos, que deve ser anunciada nesta quinta-feira (20). O governo tem um buraco de aproximadamente R$ 10 bilhões para cobrir no Orçamento de 2017. Por isso, deve recorrer a avanço na carga tributária para garantir o cumprimento da meta de déficit de R$ 139 bilhões deste ano.
– Não sou favorável à alta de impostos. Mas consultei vários economistas e ninguém me deu outra solução. Se não aprovar o que tem de ser aprovado, não há outro caminho que não seja aumento de imposto. Tudo que o governo propôs, os economistas que entendem de contas públicas propuseram. O governo foi até o limite, agora tem de ver se vai aprovar ou não – afirmou Maia ao jornal O Estado de S. Paulo.
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Aumento de impostos: PIS/Cofins sobre combustíveis é o "candidato mais provável", diz Meirelles
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, informou na quarta-feira (19) que o governo finaliza cálculos sobre o eventual aumento de impostos. Em entrevista ao canal GloboNews, Meirelles disse que o "candidato mais provável" para o aumento de imposto é o PIS/Cofins cobrado sobre combustíveis.
– O PIS/Cofins sobre combustíveis tem a vantagem que pode ser feito por decreto. Portanto, é rápido, tem efeito maior durante o ano e começa a vigorar imediatamente – disse.