Paulo Germano
O vereador de Porto Alegre Elias Vidal, que contrariou as orientações do partido ao assinar uma CPI para investigar a administração municipal, anunciou nesta terça-feira sua saída do PPS.
No ofício entregue ao presidente municipal da sigla, deputado Paulo Odone, Vidal se diz vítima de "perseguição política" dentro da legenda. Além de assinar a instalação da CPI do Instituto Ronaldinho Gaúcho, em andamento na Câmara da Capital, Vidal rompeu com o PPS quando apoiou a CPI da Saúde, ainda sem assinaturas suficientes para ser instaurada.
- O partido me tirou a liderança da bancada, com o intuito de castrar meu espaço para me manifestar, e me impediu de participar da CPI do Ronaldinho. Não é justo. É graças a mim que a CPI existe - protesta Vidal.
Ao deixar o PPS em ano eleitoral, Vidal fica impedido de concorrer à reeleição mesmo que se filie a outro partido.
- Perdi o direito de concorrer, isso é certo. Mas não sou apegado a mandato. Estou tranquilo porque fiz o que deveria fazer - afirma o vereador.
Segundo ele, os três assessores técnicos da bancada do PPS passaram a trabalhar apenas para Paulinho Rubem Berta, que é o outro vereador do PPS. A 1ª secretária do partido em Porto Alegre, Márcia de la Torre, diz que "não procedem essas acusações de perseguição":
- Se lutamos para que os partidos tenham comprometimento ideológico, as coisas precisam ser debatidas coletivamente. Nunca o vereador Vidal discutiu com o partido o seu apoio à CPI da Saúde