
O governo venezuelano, liderado pelo presidente Nicolás Maduro, negou que tenha havido um golpe de Estado no país. A declaração ocorre depois que a Suprema Corte assumiu as competências do Parlamento, formado por ampla maioria opositora.
"As instituições adotaram corretivos legais para deter a desviada e golpista situação dos parlamentares opositores declarados abertamente em desacato com as decisões" do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), assinalou a chancelaria em um comunicado.
O texto representa uma reação à onda de condenações internacionais à sentença do TSJ, considerando-as "um ataque dos governos de direita intolerante e pró-imperialista dirigido pelo departamento de Estado e os centros de poder americanos".
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O chefe da OEA, Luis Almagro, pediu formalmente nesta sexta-feira ao Conselho Permanente que convoque uma sessão de emergência para avaliar a crise política na Venezuela, conforme o artigo 20 da Carta Democrática Interamericana. Almagro denunciou, na quinta-feira, o que chamou de "autogolpe" na Venezuela.
Almagro condenou as duas sentenças proferidas nesta semana pelo Tribunal Supremo venezuelano, que retirou a imunidade parlamentar dos membros da Assembleia Nacional (AN) e assumiu o papel do Legislativo.
Estas duas decisões são "os últimos golpes com os quais o regime subverte a ordem constitucional do país e acaba com a democracia", destacou Almagro em declaração oficial.
*AFP