Ao menos 102 crianças morreram no deslizamento de terra que devastou a cidade de Mocoa, no sul da Colômbia, em um balanço total de 314 vítimas fatais, de acordo com o último levantamento divulgado nesta sexta-feira (7).
Conforme informações da Unidade Nacional para Gestão de Riscos de Desastres (UNGRD), o número de feridos mantêm-se em 332, e 247 corpos já foram entregues às famílias.
Na quinta-feira (6), a diretora do Instituto Colombiano de Bem-estar Familiar (ICBF), Cristina Plazas, afirmou que as autoridades já atenderam a mais de 1.200 crianças.
Nos abrigos há 97 mães, dentre elas algumas são gestantes, enquanto outras amamentam e cuidam dos recém-nascidos, conforme informações da Blu Radio Plazas, que fez questão de destacar que todos os menores sobreviventes estão acompanhados de algum familiar.
O desastre ocorreu por volta da meia-noite da sexta-feira (31) pela cheia de três rios, após fortes chuvas, e afetou 45.000 dos 70.000 moradores de Mocoa, no departamento de Putumayo, segundo cálculos oficiais.
A UNGRD contabiliza pelo menos 4.506 pessoas danificadas - sem moradia e necessitando de ajuda humanitária - distribuídas nos abrigos.
O diretor de Resgate da Cruz Vermelha na Colômbia, César Urueña, contou à AFP que a primeira etapa de busca e resgate já foi finalizada, e mobilizou mais de 300 socorristas de diversos órgãos.
No momento, há uma equipe de aproximadamente 140 socorristas "fazendo uma varredura", que inclui a remoção de escombros e da lama, mas focando no fornecimento de serviços básicos como água e abrigo para os sobreviventes, explicou.
Em Mocoa ainda não foi completamente restabelecida a energia elétrica, segundo o governo.
A UNGRD também assegurou que até agora receberam dados de 127 desaparecidos. Segundo a chancelaria, entre eles há três estrangeiros: um espanhol, um alemão e um equatoriano.
O Ministério de Relações Exteriores divulgou na quarta-feira a morte de uma cidadã equatoriana. Outros 25 estrangeiros, entre eles um canadense, um chileno, seis espanhóis, um turco e um israelense, conseguiram ser localizados sem dificuldades.
As autoridades calculam que a reconstrução da cidade amazônica possa durar dois anos.
* AFP