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A primeira-ministra britânica e líder do Partido Conservador, Theresa May, voltou a se apresentar nesta terça-feira (30) como a melhor opção para negociar com o Brexit com Bruxelas, após perder terreno nas pesquisas ante o trabalhista Jeremy Corbyn.
Na Escócia, o Partido Nacional Escocês (SNP) apresentou o seu programa reiterando pedido por um novo referendo sobre a independência, porque os escoceses "devem poder escolher entre seguir o Reino Unido pelo caminho do Brexit, ou tornar-se um país independente", segundo Nicola Sturgeon, sua líder.
A última pesquisa publicada sobre as eleições de 8 de junho, elaborada por Survation para ITV e divulgada nesta terça-feira (30), aponta queda substancial da vantagem dos conservadores, que chegou a ser superior a 20% e que agora é de apenas 6%.
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Na última semana, May teve de alterar um ponto de seu programa que provocou grande polêmica e responder a perguntas sobre os cortes orçamentais nas forças de segurança após o ataque de Manchester, que deixou 22 mortos e dezenas feridos.
– Estou pronta. Estou pronta para começar. Jeremy Corbyn, não – declarou May, referindo-se às negociações de divórcio da União Europeia (UE), em um discurso em Wolverhampton, no noroeste da Inglaterra. – Apenas um de nós está determinado a cumprir a vontade do povo e materializar o Brexit. E apenas um de nós tem um plano para fazer o Brexit ter sucesso – disse ela.
As negociações do Brexit começarão em 19 de junho, e May insistiu em tirar o país do mercado único, colocando em risco o comércio, a fim de controlar a imigração.
Além disso, se reservou o direito de romper com negociações, afirmando, como fez em outras ocasiões, que deixar a UE "sem acordo é melhor do que um mau acordo".
May recusou-se a participar de debates nesta campanha, mas aceitou, na segunda-feira (29), dividir um programa de TV com Corbyn, em que ambos foram entrevistados separadamente, primeiro pelo público e, em seguida, pelo jornalista Jeremy Paxman.