A Noruega, principal financiador dos programas de proteção da floresta amazônica, advertiu que reduzirá à metade o repasse em 2017 em consequência da aceleração do desmatamento.
"Expressei minha inquietação com relação ao fato de que o desmatamento no Brasil aumentou consideravelmente e que existem forças no Brasil que desejam enfraquecer a legislação do meio ambiente e reduzir as áreas protegidas", declarou a primeira-ministra norueguesa Erna Solberg durante a visita do presidente brasileiro, Michel Temer.
"Uma aceleração registrada do desmatamento provocará uma redução dos aportes da Noruega", completou.
A Noruega contribuiu até o momento com 1,1 bilhão de dólares ao fundo de proteção da floresta amazônica criado pelo Brasil em 2008.
O repasse anual da Noruega, principal contribuinte, muda de acordo com o ritmo do desmatamento, calculado segundo um método decidido pelo governo brasileiro.
"Em 2017, o aporte vai ser dividido por dois, inclusive um pouco mais", disse a ministra norueguesa do Meio Ambiente, Vidar Helgesen.
"De meados de 2015 a meados de 2016 foi constatada uma aceleração do desmatamento. Isto se traduz em menos repasses em 2017", afirmou.
O desmatamento aumentou 29% em 2016 e 24% em 2015, de acordo com dados oficiais do governo brasileiro.
* AFP