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Em plena tempestade política por um suposto conluio com a Rússia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desembarcou nesta quinta-feira (13) na França para uma visita de dois dias. Na sexta (14), o republicano participará do desfile militar de 14 de julho, festa nacional francesa pela queda da Bastilha.
O avião presidencial Air Force One pousou no aeroporto parisiense de Orly. Trump dedicará a manhã de quinta-feira a encontros com funcionários civis e militares americanos, antes de iniciar a parte diplomática e comemorativa da visita.
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O presidente americano e a esposa Melania serão os convidados de honra do presidente Emmanuel Macron durante o tradicional desfile militar de 14 de julho na avenida Champs Elysées, coincidindo com o centenário da entrada dos Estados Unidos na I Guerra Mundial.
Com o convite, Macron, um centrista pró-europeu de 39 anos que assumiu a presidência francesa há apenas dois meses, espera iniciar uma relação privilegiada com o presidente americano. Segundo Macron, França e Estados Unidos têm pontos de convergência essenciais.
– A luta contra o terrorismo e a proteção de nossos interesses vitais. Seja no Oriente Médio ou na África, nossa cooperação com os Estados Unidos é exemplar – disse em uma entrevista ao jornal Ouest-France. – Precisamos dos Estados Unidos – admitiu.
A agenda intensa de Trump, que inclui uma cerimônia militar de boas-vindas no Palácio dos Inválidos, a visita ao túmulo do imperador Napoleão, encontros bilaterais e um jantar na Torre Eiffel, contribuirá para que o magnata republicano de 71 anos esqueça, ao menos por algumas horas, da crise política em Washington.
O filho mais velho do presidente, Donald Trump Jr., está envolvido em uma polêmica sobre contatos com a Rússia, em mais um capítulo do interminável escândalo sobre a suposta interferência do Kremlin nas eleições presidenciais de 2016.
Na quarta-feira (12), o canal CNN divulgou um vídeo que mostra o presidente Donald Trump em um jantar há quatro anos com figuras-chave da controvérsia sobre a suposta ingerência da Rússia nas eleições.