Na quinta-feira (17), a Espanha reviveu o drama de sofrer um ataque terrorista. Uma van atropelou uma multidão na região turística da Avenida La Rambla, em Barcelona. Mais tarde, as autoridades frustraram um segundo ataque na localidade de Cambrils. Ao menos 14 pessoas morreram e mais de cem se feriram.
Confira o que se sabe até o momento sobre os ataques:
O que ocorreu?
Por volta das 17h (meio-dia em Brasília) de quinta-feira, uma van atropelou uma multidão na região turística da Avenida La Rambla, em Barcelona, na Espanha. O veículo atingiu as vítimas ao longo de 600 metros. Treze pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas.
Horas depois, um Audi A3 foi lançado contra um grupo de pessoas na localidade de Cambrils, ao sul de Barcelona. O segundo ataque provocou um tiroteio, e a polícia matou os cinco supostos terroristas. Os criminosos feriram um agente e seis civis – um morreu nesta sexta-feira (18). Com o segundo atentado, subiu para 14 o número de mortes e cerca de 130 pessoas se feriram.
Quem são as vítimas?
Entre os mortos e feridos, há pessoas de 35 nacionalidades diferentes. Somente uma vítima foi identificada até o momento – o italiano Bruno Gulotta, 35 anos. Ele morava em Legnano e trabalhava como gerente de marketing e vendas em um site especializado em tecnologia.
Um menino australiano de sete anos ainda está desaparecido – sua mãe ficou ferida no ataque em Barcelona. Segundo o Itamaraty, não há relato de brasileiros entre as vítimas.
Quem cometeu o atentado?
O Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do ataque em Barcelona em comunicado divulgado na agência de notícias do grupo terrorista. "Os responsáveis pelo ataque em Barcelona são soldados do Estado Islâmico e conduziram a operação em resposta a chamados para atacar Estados da coalização (que luta contra a milícia na Síria e no Iraque), diz o texto. Até então, a Espanha não havia sido atingida pela onda de atentados ocorrida na Europa pelo EI.
Os autores foram presos?
Até o momento, quatro suspeitos foram presos – três marroquinos e um espanhol. O primeiro foi o marroquino Driss Oubakir, 28 anos, morador de Ripoll (a 105 quilômetros de Barcelona), que seria o responsável pelo aluguel da van utilizada no atentado em Barcelona.
O outro homem preso é um espanhol do enclave de Melilla, no norte da África, que não teve o nome divulgado. Ele seria o responsável por uma explosão vinculada a um ataque em um prédio de Alcalar, a 202 quilômetros de Barcelona, ocorrida na madrugada.
Como o atentado impactou a cidade de Barcelona?
Todas as estações de metrô de Barcelona foram fechadas, e as autoridades pediram que moradores e turistas evitassem a região. As ruas do entorno da Avenida Rambla foram isoladas e ficaram completamente vazias. A segurança foi reforçada na cidade catalã.
Nesta sexta-feira, o rei Felipe, da Espanha, o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, e o presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont, reuniram-se a uma multidão para o minuto de silêncio na cidade, na Praça Catalunha, a poucos metros do local do massacre. Milhares de pessoas se reuniram na região em um ato para prestar homenagens às vítimas.
Como foram as repercussões?
Ao redor do mundo, milhares de autoridades e cidadãos manifestaram-se em solidariedade às vítimas. A hashtag #PrayForBarcelona dominou as redes sociais.
O presidente norte-americano, Donald Trump, disse que "os Estados Unidos condenam o ataque terrorista em Barcelona e farão todo o necessário para ajudar". Leonel Messi, jogador do Barcelona, escreveu: "Quero mandar minhas condolências e todo meu apoio às famílias e aos amigos das vítimas desse terrível atentado em nossa amada Barcelona".
O papa Francisco também condenou a violência em mensagem enviada pelo Vaticano, expressando "seu mais profundo pesar pelo cruel atentado que semeou morte e dor em La Rambla de Barcelona".
