Apesar de dois casos de dengue contraídos na Capital terem sido confirmados, os agentes de saúde da prefeitura de Porto Alegre ainda encontram dificuldades para ingressar em algumas residências durante as visitas domiciliares na cidade.
De acordo com a agente Odete Delazeri, nos prédios onde há zeladores e porteiros, a entrada é facilitada. Contudo, quando os condomínios não dispõem destes serviços, o ingresso dos agentes é mais demorado:
- A gente fica meio triste porque voltamos ano após ano e a descrença da população de Porto Alegre continua - lamenta Odete.
Caso não consigam entrar em alguma residência, os agentes voltam em uma nova data, como explica a agente de saúde Rosângela Quartiero:
- A gente insiste até conseguir entrar.
Além de procurar por focos que podem ser criadouros do mosquito transmissor da doença, os agentes também trabalham no sentido de orientar os moradores sobre métodos preventivos para evitar os focos do aedes egypti.
Frente à resistência dos moradores em liberar a entrada dos agentes de saúde, a prefeitura resolveu adotar medidas jurídicas para garantir que os agentes ingressem nos lugares em que são impedidos.
De acordo com o coordenador do Centro de Vigilância em Saúde da Capital, Anderson Lima, mais da metade dos focos do mosquito transmissor estão em residências.
Para a síndica Carla Fernandes, cujo prédio foi visitado pelos agentes na manhã desta segunda-feira, a resistência dos moradores se dá por causa do medo da violência:
- Meu palpite é que o problema seja relacionado aos assaltos. Acho que muita gente tem medo.
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