A monumental castanheira que servia para dar um mínimo de colorido à vida de Anne Frank enquanto a jovem judia se escondia dos nazistas, na II Guerra Mundial, foi derrubada pelo vento e pela forte chuva ontem em Amsterdã, capital da Holanda. A outrora majestosa árvore, com 150 anos, já estava apodrecendo.
Conforme o Museu Anne Frank, situado perto do local onde ficava a castanheira, ninguém se feriu na queda. A árvore ganhou as atenções mundiais em 2007, quando as autoridades de Amsterdã determinaram que fosse cortada, pois estava apodrecendo com fungos e representava um perigo para os passantes, caso caísse. Aqueles que consideravam a castanheira um símbolo da liberdade protestaram - e ela, enfim, não foi derrubada. Em vez disso, a castanheira de 27 toneladas foi cercada por um sistema de apoio de aço.
Uma porta-voz do museu, Maat- je Mostart, disse que o tronco se quebrou a um metro do solo. A árvore caiu sobre um jardim, danificando vários arbustos.
Anne Frank é um dos símbolos do Holocausto. Nascida em 1929, na cidade alemã de Frankfurt, ela emigrou com sua família para a Holanda em 1933. Sete anos depois, a Alemanha liderada por Adolf Hitler invadiu o país. A jovem ficou em um esconderijo em Amsterdã por mais de dois anos, mas foi descoberta pelos alemães e levada a um campo de concentração, onde morreu. O Diário de Anne Frank foi publicado em 1947 e se tornou um dos livros mais traduzidos no mundo.
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