A União Europeia decidiu nesta segunda-feira ampliar as sanções à Síria. A decisão foi anunciada pelos chanceleres que representam os 27 países do bloco. As restrições incluem o congelamento dos ativos do Banco Central da Síria que estão sob jurisdição europeia. Estão mantidas, porém as autorizações para as transações comerciais, exceto nos casos de ouro e outros metais preciosos.
Voos de aviões de carga da Síria para os países da União Europeia estão proibidos, mas os chanceleres excluíram a decisão de suspender os voos de passageiros e com carga mista. A entrada de sete pessoas ligadas ao presidente sírio, Bashar Al Assad, nos países do bloco, também foi proibida, e seus bens depositados na Europa foram congelados.
Os chanceleres querem que com isso aumente a pressão sobre Assad, para que suspenda as ações repressivas no país e contenha a onda de violência que domina a região há quase um ano. Pelos dados das Organizações das Nações Unidas, mais de 7 mil pessoas morreram nos últimos 11 meses no país.
As atuais sanções à Síria afetam 108 membros do regime de Assad, incluindo o próprio presidente da República e o irmão dele Maher, além de 38 empresas sírias. Em dezembro, a União Europeia aprovou uma série de restrições ao país, como a proibição à exportação de equipamentos e tecnologias para empresas de exploração, refinaria e produção de petróleo e gás, além de energia. Anteriormente foram suspensos os empréstimos do Banco Europeu de Investimento (BEI) e a cooperação com o regime, assim como foi fixado o embargo de armas.